sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Vence. E só.

Depois da fiasqueira em São Paulo, cabia ao Grêmio vencer o Sport. Os trinta mil que rumaram ao Olímpico não esperavam nada além disso. E foi sem sobras que os gaúchos garantiram a ponta da tabela por mais uma rodada. Agora, restam intermináveis sete.

Celso Roth trocou todo o ataque, nulo diante da Portuguesa - como o restante do time. Chengue Morales deu lugar a Reinaldo, Soares a Perea. Com pouco mais de um minuto cronometrado, Magrão avançou com o esférico dominado até ter condição de chute. E preparou-se para um tiro, que, para sorte do Grêmio, saiu mascado e sem direção. Sorte porque no errante caminho da pelota estava o centroavante Reinaldo, que só desviou para os cordões.

Como foi contra o Santos, na última vitória em casa, o primeiro tempo inteiro resumiu-se ao tento. Sem o real controle da meia cancha, o Grêmio viu Sandro Goiano e cia. administrarem o setor com boa visão de jogo, iniciativa e nada a perder: o campeonato já terminou para o Sport há tempos. As oportunidades de gol, porém, praticamente inexistiram. Se faltou futebol, como consolação (?) pude ter a oportunidade única de ouvir in loco o famoso "cazá-cazá-cazá" bradado por cerca de quinze rubro-negros.

Na etapa complemental, Douglas Costa entrou definitivamente na partida. Opaco no início, o meia que vivia a pressão de ser observado por representantes de Juventus de Turim e Real Madrid no Olímpico, demonstrou sua habilidade devolvendo presença de ataque ao Grêmio. Com a eficiência de Douglas, Tcheco, escalado em função mais defensiva, pôde cadenciar a partida e, pouco a pouco, distribuir passes de qualidade.

Mas era o Sport que ameaçava mais, em contra-ataques que inevitavelmente paravam num novamente inspirado Victor. Ao fim, com o ingresso dos ex-titulares Morales e Soares, o Grêmio teve chances de ampliar o 1-0, que teimou em permanecer até o final. Diante da expressiva goleada do Flamengo (5-0 no Coritiba) e do chuvoso triunfo do São Paulo, uma vitória tricolor era indispensável para a manutenção do sonho do título. Mesmo magra, ela chegou. Resta saber se atuações como a da noite de ontem serão suficientes nas partidas restantes.

2 comentários:

Maurício Brum disse...

Eu não acredito no sucesso do Grêmio com esse futebol. Não que essa pouca bola não seja digna de um líder, como dizem - neste campeonato, é sim -, mas os dois confrontos fora de casa são importantes demais para se chegar com tão poucas perspectivas de se portar respeitavelmente.

Mas também discordo da corrente catastrofista o-Grêmio-piorou-irremediavelmente-e-agora-vai-ter-que-se-virar-jogando-assim. No primeiro turno, o time só foi começar a fazer partidas que enchessem os olhos a partir da vitória contra o Cruzeiro. Não é tarde para uma nova arrancada de qualidade, só que agora a situação é outra, e mais difícil.

No mais, o Roth treinou fechado, mudou quinze mil coisas no time e a ruindade foi a mesma de antes. Está óbvio que a vitória foi em função da tua presença. Kroeff promete entrar em contato para conseguir uma presença mais ativa durante a campanha 2009.

Iuri Müller disse...

com a vitória de ontem, meu aproveitamento ultrapassou os 80%, de 2005 até hoje.