quarta-feira, 11 de julho de 2007

As epopéias uruguaias

O futebol do Uruguai era forte. Quem acompanha o esporte há menos de uma década ou não se dedicou a conhecer um pouco da sua história, provavelmente estranha esta afirmação, mas ela é real. Os clubes orientais, representados brilhantemente na figura do Nacional e do Peñarol eram verdadeiras potências, empilhando títulos internacionais. A Seleção Uruguaia não deixava por menos, sempre aparecendo bem e forte nas Copas do Mundo e Cópas América, apontada sempre como candidata a erguer o troféu.

Mas em algum momento de exatidão desconhecida, a partir da metade da década de 1990, isso se perdeu. Os grandes clubes uruguaios se enfraqueceram, e a Celeste também deixou de impor o respeito de outrora. Hoje, o futebol charrúa é um gigante caído, que tenta se reerguer a todo custo. A cada nova competição que disputam, os uruguaios vislumbram a possibilidade de voltar a tocar o céu, e qualquer coisa se torna uma epopéia - mas só vêm sendo acumuladas frustrações, como a eliminação de ontem.

Esta luta inglória até rende alguns resultados minimamente honrosos, e há quem veja beleza neles. Porém, é impossível de esconder o quão minúsculo é isso diante da própria história do futebol uruguaio. Belos mesmo eram os tempos em que a luta era empenhada em reais batalhas heróicas, trazendo glórias verdadeiras e não míseros consolos.

Tempos que alguns dizem não voltar mais. Os orientias, contudo, discordam; querem revivê-los e seguem brigando para isso. Se conseguirem, terão feito a maior de suas epopéias.

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