segunda-feira, 16 de março de 2009

Sem ver o Panambi

Imbecil. Isso aí. Eu fui um imbecil ontem. Decidi passar a minha tarde de domingo vendo o Grêmio pela tevê. Não um jogo bom do Grêmio. E nem um Grêmio com vontade. Eram os reservas tricolores sem qualquer gana de ir pela taça, enfrentando o amável Sapucaiense, moeda forte no câmbio de divisões, candidatíssimo ao rebaixamento e com campanha superior apenas ao Brasil de Pelotas. Em São Leopoldo, porque o estádio de Sapucaia estava sendo usado como extensão do Zoo local. Não precisava ter visto essa pelada peleia.

Numa dessas bobagens inexplicáveis pelas quais passamos o resto da vida nos lamentando, ou “preguiça” em bom português, deixei de ir a Panambi ver o time de lá receber o glorioso e renascido Atlético de Carazinho! E a SER Panambi, cuja camisa do ano passado pode ser vista ao lado, em foto tirada dum anúncio no Mercado Livre, é um clube que me causa um fascínio diferente... embora tenha aparecido para o futebol profissional só nesta década e mal firme uma tradição, ele levou a torcida mais numerosa a Ijuí em jogos do São Luiz contra interioranos nas últimas temporadas. A presença dos delirantes aficionados panambienses era merecedora de épicas batalhas campais – em algum momento perdido da Segundona 2004, um São Luiz e Panambi teve quase meia hora de acréscimos por conta das confusões.

Mas não fui ao jogo de ontem. Não descobri como é o campo de Panambi, permanece misterioso se lá eles sobem nas árvores para ver a partida ou se há algo parecido com um estádio. Sequer vi as estrelas que desfilavam em campo. Defendendo os panambienses, além do imortal EVANDRO BRITO, com seus muitos anos nas costas, havia o zagueiro KAISER, o Beckenbauer de Panambi, e um ofensivo apelidado leoninamente de JUBA. Sempre brioso e não querendo ficar atrás na escalação, o velho Atlético botou para quebrar: mandou a campo com a camisa 10 o seu próprio Andrezinho. Completou o terror da defesa da casa com a escalação, na dianteira, do fenômeno JÉFERSON BALAIO.

Foi 1 a 1, o duelo, e nenhum dos nomes bonitos terminou contemplado com gol. Abriu o placar para o Panambi o centroavante Rafinha, aos 52 minutos, e treze mais tarde os visitantes igualaram com gol do reserva Vini. Merece a forca um energúmeno que abre mão de ver uma partida desse tipo, mas eu já me considero devidamente punido por ter tido que ouvir, durante toda a viagem de Ijuí a Santa Maria, o tenebroso Internacional 1-0 Inter-SM. Pelo rádio já foi insuportável, imagino que pela tevê o choque de internacionais tenha sido mais infeliz que a partida do Sapucaiense. Bela forma de terminar o domingo.

Menos mal que o São Luiz, graças a um tento de Kill na agonia do minuto 85, fez o infazível e roubou um ponto fantástico em Erechim, saindo com um 1 a 1 frente ao Ypiranga. Não vi o Panambi ontem, e o empate no Colosso da Lagoa foi outro passinho para evitar que os veja contra o pálido na próxima Segundona.

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